Conversas de gajas

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"- Se uma rapariga é toda desembaraçada e descomplexada e boa nos lençóis, porque sabe o que quer e do que gosta e não tem vergonha de pedir, é porque é uma grandessíssima puta e uma rodada e já leva uma quilometragem vergonhosa. Mas, por outro lado, se uma rapariga é tímida e não tem grande à vontade com o corpo e tem pudor de falar, porque nem sempre é fácil falar, e não é nada de especial na cama é porque é uma atrasadinha, uma lástima sexual ou reprimida etc, etc...
- Oh amiga... o importante é que o ponhas em ponto de rebuçado, seja lá como for.
- Não estás a entender! É o rótulo... somos sempre rotuladas. Sempre!
- A solução é alternar o comportamento. Agir como uma maluca descomplexada e autoritária numa noite e noutra ser submissa e tímida e conceder-lhe o controlo.
- Achas que sim?
- Sei lá mulher... limitei-me a dar uma sugestão. A única coisa que te garanto, é que a previsibilidade é o caminho certo para a monotonia.
- Mas nunca tiveste medo de ser rotulada?
- Eu? Não. Conheço muito bem as pessoas que tive. Seriam incapazes de tal indiscrição.
- Tens a certeza? Olha que às vezes quando as coisas acabam...
- Tenho a certeza! Porque nunca teceram esse tipo de comentários em relação às anteriores namoradas. E foram poucas as vezes que falaram dos anteriores namoros. A discrição em relação aos relacionamentos passados é um sinal."