Rewind

Há histórias que se encerram por si só. Outras há, que por mais fins que lhe queiramos dar, continuam a existir, porque renascem com um som, um cheiro ou uma memória que se materializa no quotidiano. Porque vamos insistentemente e às vezes de forma inconsciente revivendo o que já lá foi e que já não é. Porque nos sentimos mais seguros nesse passado que nos conforta, que nos pertence. Porque o Pretérito Perfeito é, tantas e tantas vezes, o que nos ampara. Porque quando nos convém, podemos voltar a sentir, voltar a ter, e podemos sair repentinamente sem despedidas. Enterrar, para voltar a desenterrar na esperança de recuperar o fôlego em qualquer coisa cadavérica.