terça-feira, novembro 18

Interlúdio

Há uma luz que adivinha a tua ausência, uma luz que conduz ao precipício dos desencantos, a luz que ilumina o palco dos segredos amordaçados. É a luz que desvenda os olhares incendiários, a fogueira onde jazem as cinzas de todas as culpas... as tuas e as minhas, numa estranha comunhão.



Há uma luz que celebra o recobro dos afectos, e que se eclipsa no regresso de uma saudade perpétua.

10 criaturas afundaram esta pérola:

João Roque disse...

Às vezes apetece-me mesmo dar-te um beijo, sabias?
Quando me falam em coisas como "estranha comunhão de culpas" e principalmente no "regresso de uma saudade perpétua", vou-me abaixo das canetas e mostro o flanco, moça...
Um miminho, aceitas?

Merchi disse...

... lindo

Barbie Martini disse...

Clarificação mental ao som de Belllini... Estás em grande. Gostei.

Rute disse...

Sabes, por vezes tenho medo de sentir! Sentir as coisas! E quando te leio assim acalmas-me mas realças-me o medo! Mas não dá para não ler :D

Vitória disse...

Ás vezes arrepias-me.;)

Beijo querida

WOLF disse...

Tu sabes como mexer com a minha alma,querida amiga.


beijinhos quentes

Leonor disse...

Ai essa saudade perpétua que se reeinventa...
É uma fase difícil para ler sobre precipicios de desencantos e segredos amordaçados com vontade de gritar... e que bela bamda sonora.
Um post perfeito.

Beijo grande

macaw disse...

adoro os teus interlúdios! tens mesmo talento para a escrita! quem me dera a mim poder-me expressar tão bem...
quanto aos erros gramaticais (caos com "u"), toda a gente os comete! mas nem toda a gente tem o dom da palavra como tu! é bom que não se dê erros ortográficos e so on, mas o mais importante é a forma como se diz as coisas...

boa semana!
bjinhos ;)

Fernanda disse...

Sabes, Blue...vou-te dizer uma coisa importante. Há uns anos atrás, sofri um grave acidente...
Nos dias intermináveis que passei no hospital, com a sensação de ter perdido a luz ao fundo do tunel,
pedi para me trazerem um cd que tinha e tenho,para me lembrar que estava viva. Advinha qual?... Pois,...era a Opera Norma, do Bellini cantada pela voz maravilhosa da Maria Callas.
Casta Diva,cantada por ela, é qualquer coisa de divino quando se ouve,...qualquer coisa que nos leva para fora de nós,...fechamos os olhos e sentimos que podemos voar e que chorar não é um acto de sofrimento, mas de prazer por se poder sentir que existem coisas perfeitas e belas no mundo. E, eu tinha que sentir que era assim...
Agora,...um arrepio, pelo o inesperado de encontrar aqui a Casta Diva...
A vida é, realmente, surpreendente...)))
Um beijo

Mr. Lekker disse...

Que arrepio...