Sabes que as Primaveras desabrocham nas tuas mãos
E os oceanos transbordam num toque polido
Que os vales encerram na tua voz
Um pulsar de cores e odores
Lembro-me de nós e os instantes se atropelam
São suspiros que se atravessam no tempo
Cerro os olhos e aguardo as sombras
Ainda espero por ti... mas tu não vens
Guarda contigo os acordes e os silêncios vazios
As palavras ditas e as que ficaram por dizer
Leva as vírgulas e as reticências
Recolhe as âncoras e solta as amarras
E ainda assim amor... sobrarei eu.
Em dia de arrumações de gavetas, encontrei estas palavras num caderno de escola. Tinha eu os meus 18 anos e acabara de sofrer a minha primeira desilusão amorosa. Nota-se que eu era uma adolescente dramática.
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Não se iluda... Este blog é somente um exercício de higiene íntima
4 criaturas afundaram esta pérola:
blueminerva,
pessoalmente gostei bastante do poema, pois transpira sentimento por todo o lado.
Ao ler o teu escrito, entrei numa onda de nostalgia, pois eu tb. pertencia a essa classe maldita de adolescentes dramáticos e idealistas. E tb. escrevia poesia, embora não com o nível aqui evidenciado.
Bjs.
sem palavras
"Leva as vírgulas e as reticências"
claro que levo esta bela frase
jocas maradas e natalicias
Não se iludam meus amigos... aqueles versos foram escritos sob o efeito de uma ganza. ;)
Aiii adolescência atormentada ! Somos tão dramáticos quando estamos na adolescência ! Acho que todos nós temos coisas destas no baú ! Consideremos pérolas !
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