"You won't be happy with me,
But give me one more chance
You won't be happy anyway"
The Magnetic Fields
Ajeito o lençol e cubro-te o tronco. Descanso a minha mão no teu peito e sinto o batimento descompassado. Cheiro-te o cabelo e deixo que os meus dedos deslizem na tua pele. Estudo cada poro do teu corpo. A falha no sobrolho. A covinha no queixo. Nunca, em nenhum momento me pareceste tão belo e no entanto, não sinto nada que me prenda a ti. Fingir que não te deixo e deixar-te em seguida é inevitável.
Pernoitar na varanda enrolada numa manta. Fumar vagarosamente um cigarro. Chupar um Halls de morango. Receber a aurora ao som de Aaron Zigman.
Ver-te dormir é um epílogo lascivo.
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Não se iluda... Este blog é somente um exercício de higiene íntima
13 criaturas afundaram esta pérola:
... não sinto nada que me prenda a ti. Fingir que não te deixo e deixar-te em seguida é inevitável.
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custa-me spre entender
jocas maradas
é o que dá estar acordada a essas horas ... ;)
Tocaste-me num ponto sensível; como durmo mal, acordo vezes sem conta; e quando durmo com quem devia dormir sempre e acordando vejo aquele corpo sorrindo no seu sono, sinto uma vontade enorme de fazer parte do sonho, e devagazinho, vou-me aconchegando até sentir que já consegui entrar no sonho e então...durmo!
Beijinhos.
Aqulo que descreves é um dos grandes encantos do partilhar do sono, esse observar dos detalhes de alguém que nos é querido, na ignorância de que o fazemos. Delicioso.
Essa atenção ao detalhe já é algo que te prenda, se assim não fosse, nem vias...
Beijucas Blue
Pois, se observas, e com tanta ternura, logo estás mais presa do que pensas, e se calhar até vale a pena a "prisão", noites de insónia na varanda são para mim noites muito boas,nem as insonias me tira o aproveitar o momento, de ouvir os sons, ver ao fundo o mar, adoro a noite, e todos os seus encantos.;)
Beijo jeitosa
Serás o eterno monólogo das baratas que rodopiam em torno do chão da tua mente, como se fossem abutres desejosos por pensamentos rejeitados, fracos, despachados para a imagem final, na qual nos escondemos por trás dos desígnios da sensualidade remoto de um ser nascido para ser tecnicamente . . .
. . .superior!
escrita de primeira água...
é tão bom observar quem amamos enquanto dorme. Está tão desprotegido... apetece mimar, adorar...
Quem dorme, às vezes adivinha, sonhando, a partida...
Acorda triste e nem sabe porquê, mas é a vida a continuar!
Ganda maluca!!!
Mandavas ir o gajo para a varanda!!!
Excelente monólogo, rapariga!
Continuo a achar que deverias mandar um exemplar, com alguns dos teus textos que escreves aqui, para uma editora. Ganharias uma pipa de massa, que já serviria para os teus, 11º, pares de Pablo Fuster!
Um beijinho!!
Já disse que adoro quando escreves assim? A tua descrição é fantástica!
E que Poder tem este texto.
O que eu gostava de te ler mais neste registo :)
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