Retalhos do Porto Santo

Na praia uma senhora com os seus 60 anos (a julgar pela aparência) lia avidamente um livro. Comia a ler, fumava a ler, ajeitava-se na toalha sem desviar os olhos, a criatura não abandonava a leitura por nada. Por alturas de se molhar, poisou finalmente o livro. Corroída pela curiosidade, galguei o areal e aproximei-me de forma manhosa à toalha da velhota e na capa estampado estava "O porquê do Hímen". Fiquei na mais abjecta das merdas.
Na praia uma senhora com os seus 60 anos (a julgar pela aparência) lia avidamente "O porquê do Hímen". Foda-se! Há coisas muito estranhas. E há outras que deviam ser remetidas ao sagrado.

Numa altura em que se celebra a tão merecida medalha de ouro do Nélson Évora, deixem-me que vos diga que também eu alcancei um recorde pessoal. Não no triplo salto que não tenho as pernas do Nélson, mas na variante lambecas*. Dezassete lambecas em quatro dias é uma marca invejável! Se houvesse competição olímpica, garanto-vos que era uma séria candidata ao pódio.


*Gelados típicos do Porto Santo.