quarta-feira, março 5

Usar roupa de marca concede status e não necessariamente estilo.

Colocar no pêlo umas calças bombazine rosa choque que estrangula as carnes e asfixia as gorduras das coxas é um atentado ao corpo. Mas não... ainda há quem acredite que uma etiqueta Saccor ou coisa do género faz a diferença, e torna um corpo descompensado, esbelto. É tanto ou mais absurdo como ter lá em casa uma parede do quarto salpicada de merda ressequida mas... atenção ao detalhe, assinada pela majestosa Paula Rego.

8 criaturas afundaram esta pérola:

Su disse...

concede status......depende.......

estilo....depende

saccor....já era

paula rego..não gosto

hoje estou assim....nem sei bem como..mas desejando gritarrrrrrrrrrrr

deve ser qq cena horomonal:)

jocas maradas ..menina

Su disse...

ops horo....ok tb fica bem

Vieille Canaille disse...

Hum... acho que confundes um pouco as coisas neste teu post! Uma coisa é ostentação de riqueza, outra coisa, completamente diferente, é Arte! É evidente que as pessoas não têm mais valor pela marca das roupas que usam (a Madeira deve de ser das regiões do país onde existem mais pessoas que vivem da aparência), e mesmo assim, acho que agora estamos melhor do que há 15 anos atrás, quando as ditas pessoas pseudo-alta-classe só usavam Benneton e Levi's (como se o caralho de uma etiqueta as valorizasse mais), como contraponto aos menos afortunados que só podiam comprar na "Exposição alemã" ou nos "Armazéns do carmo" - e que, por esta razão, eram cruelmente descriminados -, agora, com tanta loja de franchising, a sociedade está mais homogénea (apesar de existirem sempre os arrogantes anormais que tentam sempre se impor através da imagem). Quanto à Paula Rêgo ( sou um grande admirador dela), as suas obras até poderiam ser uma afirmação de riqueza de quem as possuí (tanto quanto, a bem ver, todas as obras de arte valiosas, como é óbvio), mas o valor artístico é independente do bem material e da sua consequente afirmação de elevado estatuto social. Infelizmente, quem possui obras de arte valiosas não tem que necessariamente perceber de Arte, mas tem de necessariamente possuir dinheiro, de qualquer forma, para apreciar um quadro da Paula Rêgo não é preciso dinheiro, é preciso sensibilidade artística! Acho que me perdi um pouco na minha perspectiva sobre o que escreveste, mas fiz-me entender, não? Eh, eh, eh!

Blueminerva disse...

Caro Vieille Canaille, você é que não percebe a mensagem que é clara como água... onde diz Paula Rego, podia estar escrito Picasso ou Rembrandt, que não alterava em nada o contexto. O facto, é que merda ressequida é isso mesmo, merda ressequida, e não é de melhor qualidade se vier de cu X ou de cu Y... é sempre merda.

Vieille Canaille disse...

Eu também não me referia exclusivamente à Paula Rego (à excepção de quando digo admirá-la), referia-me que o facto de se ter "merda ressequida", assinada por um nome ilustre, na parede do quarto, do ponto de vista do proprietário pode ser considerado um acto burguês, mas do ponto de vista do artista, é apenas um acto de criação. E é claro que a merda é sempre merda, mas para alguns, é o cú que faz a diferença! Mas acho que pensamos da mesma forma! ;-)

Pedro Espírito Santo disse...

Omg!

Gosto muito, muito da ideia deste post e concordo plenamente!!!

Mas abusa um bocado quando fala em "merda ressequida" assinada pela Paula Rego. Uma coisa é quem tenta esconder os males do corpo (e por vezes da alma) com falsos invólucros, mas arte é arte, gostemos ou não... Eu não acho piada nenhuma à Mona Lisa mas reconheço na obra uma grande importância no mundo artístico.

lampâda mervelha disse...

Pois, de um cu ou de outro... sai pelo Rego....

Impressionismo visceral! Em género de uma instalação denominada de "A-poia"

Nuno disse...

Eu não posso falar muito... como sabes tenho um Frank Muller que me torna esbelto, com estilo....e ridículo, mas uso-o por uma boa causa, como sabes