Tinha eu os meus 16 anos e tomei a minha primeira e única bebedeira. Uma grande ramada, em bom madeirense. Nessa noite, celebrava-se a passagem de ano. E nessa noite, eu experimentei mais bebida do que em toda a minha vida. Cedo me apercebi que não era preciso beber muito pra ficar alcoolizada. Se a memória não me falha, comecei com uma taça de champanhe logo após o fogo de artifício. Horas mais tarde, veio as estreias no que a álcool diz respeito; um copo de whisky e cola, sendo que seria duas colheres de sopa de whisky e o resto de coca-cola, dois copos de vodka com sumo de laranja e um copo de whisky e ginger ale. Pelas três da manhã, já parecia um cadáver maquilhado e encostei-me a uma parede da discoteca. Puxei por uma amiga e gritei-lhe qualquer coisa como: "Há qualquer coisa que não está bem. Estou a passar mal! Leva-me pró hospital! Já!"
E fui. Poupo-vos os tristes detalhes da minha estadia no Centro Hospital do Funchal.
Uns tempos depois experimentei a famosa poncha. Bebi duas. Não devia ter passado mais do que dez segundos desde o último gole quando vomitei. O bar ficou um nojo. Eu fiquei num nojo. Aquele cenário era um nojo.
Ficou a lição. E desde esse dia, conto com os dedos as vezes que voltei a beber álcool. Não bebo cerveja, não voltei a beber whisky, nem vodka, nem poncha. O que ainda vou bebendo -umas três vezes por ano... se calhar nem tanto- é um copo de Baileys com muito gelo. Um copo e estou servida. Para o resto da noite, um sumo de fruta sem gás serve.
Nunca bebi vinho tinto, nem branco, nem verde, nem rosé. Não conheço o prazer de beber um bom vinho. Não sei a que sabe um Martini nem tão pouco uma caipirinha. E outras tantas bebidas, das quais não me recordo o nome.
Sei de antemão que, se eu fizer algo de desastroso, jamais poderei pôr as culpas no álcool. O que me salva, é que posso alegar insanidade momentânea.
sábado, março 22
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Comentários
12 criaturas afundaram esta pérola:
Pois é, blueminerva!
Eu pelo contrário quase sempre tive uma relação estreita com o álcool. E posso dizer que sou daqueles que bebe por prazer, embora só goste de cerveja, vinho tinto e whisky (o típico português).
Às refeições, não dispenso um copo de bom vinho tinto. Se ele não estiver ali, juro que a comida não me sabe tão bem.
Tive as minhas situações tristes derivadas do excessivo consumo de álcool, como qualquer outra pessoa. Mas esse factor por acaso não me inibiu do seu consumo.
Eu vou ser bastante sincero. Assim como gostaria de deixar de fumar, também não me importava nada de consumir menos álcool, Agora o problema é quando gostamos. Aí fica bem mais difícil.
Quanto à alegação de insanidade momentânea, pode ser que ela proceda :)
Beijinho!
fico feliz por ti, por não dependeres do álcool.
mas olha que em doses moderadas tem algumas bebidas que podem dar algum prazer, é o caso de alguns vinhos, assim como algumas aguardentes.
A cerveja geladinha no verão também é uma delicia.
experimenta Amêndoa Amarga com sumo de limão e gelo.
abraço
Já bebi muito... muito mesmo! Já feri sentimentos de pessoas devido aos excessos de álcool... por outro lado, também já tive momentos muito engraçados á custa de uma ou outra bebedeira... beber moderadamente seria o mais aconselhável, mas como não consigo fazê-lo, então deixei de beber bebidas alcoólicas! Tenho tido uma vida muito regrada, e hoje, para variar, saí á noite, mas sem tocar em álcool... foi estranho, pois toda a gente á minha volta embriegava-se menos eu... não me diverti, mas achei o lugar onde fui muito interessante: "Chega de Saudade"! Passam muito boa música lá e o lugar é muito engraçado! Gostei! Outro pormenor chato é o facto de não fumar (deixei de fumar há 2 anos e meio) e estar com amigos que fumam, então, volta em vez, tinhamos de sair para o habitiual cigarrito dos meus amigos.... sair à noite já não é a mesma coisa para mim! Cara Blueminerva, quanto à tua relação com as bebidas alcoolicas, acho que não perdes nada em não beber, só tens a ganhar!
Por um lado congratulo-a por não beber álcool. Por outro lado, lamento que não saiba se deliciar com um bom vinho tinto. Um copo por dia é recomendado, e é um verdadeiro prazer. Subscrevo as palavras do primeiro interveniente, Shinobi, às refeições, não dispenso um copo de bom vinho tinto.
Entendo que o segredo do álcool é a quantidade. Mas você, nitidamente não aguenta com um copo. Mas devia ao menos provar um vinho tinto. Pela sua saúde.
Respeitosamente
Gostei dessa veia poética:
"Estou a passar mal,
Leva-me para o hospital".
É sempre bom, conhecer os seus limites, mesmo que os tenhamos de descobrir da pior maneira.
Uma Boa Páscoa
PS: deixo uma pequena "pérola" que penso vai gostar: http://www.youtube.com/watch?v=p3hdytcAUjI
Álcool para mim só com muita moderação e quase sempre para socializar...é um bom desinibidor quando tomado com moderação. Se beber para lá do meu limite - uma poncha no espaço de uma hora - começo a ficar ensonado...desde que não esteja a conduzir é um bom mecanismo natural para evitar fazer ou dizer alguma "asneira"...
fazes bem não bebas.....
eu....gosto......de quase tudo.....
pois é defeito...............
já ultrapasei os limites ....hoje em dia tento estar sempre dentro dos limites................
jocas maradas
uma má experiência que deixou marcas para sempre..
tem de se começar devagar ;)
Boa Páscoa :)
È difícil explicar o quanto é bom poder saborear um bom tinto e ajudar a sua digestão com um bom whisky, não falo no cigarrito porque já deixei há cinco anos, e tanto prazer me dava…, mas por ele também perdi muitas vezes o autocarro.
Se não gostas de beber também não perdes muito, se bem que o tintol faz bem ao coração e o Wiskas sobe a “tensão”, para quem a tem baixinha dá jeito.
È o médico que diz.
Meus amigos, eu não tenho nada contra o álcool. O facto de não beber é uma opção. Está mais do que visto, que o meu organismo não digere bem.
Todos me falam no quanto é delicioso um copo de um bom vinho tinto. Até o meu pai insistiu várias vezes para que eu provasse. Acabou por desistir.
Um abraço
Ah Freitas,
Que grande som e que grande videoclip. Dos mais originais que se fez na indústria.
já estou como o outro: não bebes?..mais sobra pra gente
Abraço
Já passei por algumas situações semelhantes se bem que nunca vomitei assim num bar. Costumo aguentar até casa.
Mas sendo o alcool uma coisa muito complexa... nunca se sabe.
O fim do ano ja se sabe que é a perdição da maioria das pessoas!
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