quarta-feira, fevereiro 27

Diz que é uma espécie de Florbela Espanca muito foleira


Quero desejar-te as boas vindas
Oh fiel companheira
Tu que me amparas em gélidas noites
Não vaciles em possuir-me
Faz-me tua...

Vem saciar a tua sede
No repuxo dos meus delírios
Vem rolar comigo
Nos pastos da loucura
Faz-me tua...

Vem ser o anjo de asa negra
A sombra descompassada
E deixa-me ser a princesa
Do teu castelo de marfim
Faz-me tua...

Devora as vísceras desta alma
Espectro sem norte nem sul
Devolvo-te os mastros do destino
Pois tu és princípio e fim
Faz-me tua...

Assume-te dentro de mim.



Podia desculpar-me com uma ganza. Mas não. Na verdade, eu nunca fumei ganzas. Na realidade, são escritos de uma adolescente... que por sinal era muito dramática.

As coisas que se encontram nos cadernos de escola...

12 criaturas afundaram esta pérola:

Merchi disse...

... gostei

Anónimo disse...

ganzas, não. agora uns cogumelos mágicos, isso já acredito.

lampâda mervelha disse...

Olha, e não há mais? É que achei interessante..

Vá, mostra(te).

amsf disse...

CLAP...CLAP...CLAP


Merece palmas!

Loot disse...

Eu também gostei.
Sobre o conteúdo do poema se puderes/quiseres contar. Essa fiel companheira, esse anjo de asa negra, não é a morte ou é?

Diego. disse...

Muito bom! Um texto de grande entrega... adorei!

agora me diga o que é "ganza"?

beijo

Rute disse...

Gostei! Mas... Tavas com o pito aos saltos!

Blueminerva disse...

Fiz parte do grupo de adolescentes atormentados com dúvidas existenciais permanentes... e volta e meia escrevia idiotices com forte carga dramática... enfim, tempos idos.

Diego, fumar uma ganza, é fumar um charro, droga, maconha e afins...

Sorrisos em Alta disse...

Não leves a mal, mas não achei que era sobrte ganzas. Sobre pila!
.o)

Blueminerva disse...

Quem escrevia esse tipo de poesia, e deliciosa por sinal, era a majestosa Natália Correia.
Um abraço

Pedro Lopes disse...

De acordo, cara Blueminerva.

À sua semelhança, Natália Correia também nasceu rodeada de mar por todos os lados. Nasceu em nos Açores, concretamente na Ilha de S. Miguel.

As limitações por vezes ajudam-nos a libertar a mente...

Blueminerva disse...

Caro Pedro Lopes,
Felizmente, não há fronteiras ou barreiras para a criatividade.
Um abraço