«Luiz Pacheco, escritor, sofre de asma brônquica. Calvície precoce. Fractura do úmero devido a tentativa de suicídio na Av. De Berna. Queda de dentes natural quase total. Efizema pulmonar bilateral diagnosticado em 1958, obrigado a uso permanente de botija de oxigénio, à noite e ao levantar. Hérnias inquinais não operadas com uso de funda dupla. Hipersensibilidade ao álcool, o que o conduziu a uma fraudulenta fama de alcoólico incorrigível.
Tratamento de desintoxicação no Centro António Flores, ambulatório e dois internamentos. Miopia e astigmatismo, quase cegueira. Bissexual assumido. Leve surdez do ouvido esquerdo. Andropausa total. Três mulheres reconhecidas. Três estadias no Limoeiro: 1957, 1959, 1968. Duas estadias na cadeia das Caldas da Rainha: 1967, 1968. Prisões ocasionais e breves em esquadras da polícia. Autor, entre outros títulos, de: Literatura Comestível. O libertino passeia por Braga, a idolátrica, o seu esplendor. Exercícios de Estilo. Comunidade».
Já li esta entrevista dezenas de vezes, e de todas as vezes as palavras de Luiz Pacheco arrancam-me gargalhadas desmesuradas.
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Não se iluda... Este blog é somente um exercício de higiene íntima
4 criaturas afundaram esta pérola:
O valeu a pena o tempo despendido na leitura. Fica-se a conhecer muito sobre a vida "literária" portuguesa dos últimos 40 anos! LOL!!!
Concordo com o amsf,acho que vale mesmo a pena perder um tempinho a ler a entrevista.Não conheço a obra do Luis Pacheco mas depois de ler o que li aguçou a curiosidade.
bjs
A rtp2 passou à pouco um documentário delicioso sobre a vida e obra do Pacheco.
Um coisa é certa, ninguém fica indiferente. Eu, muitas vezes discordo de afirmações e posições que foram tomadas pelo próprio, mas admiro o facto de, ao longo dos anos, ter sido fiel a si próprio... nunca se vendeu!
É um filho da puta que se adora...
Um abraço
E ainda assim, ou talvez por isso.... conseguiu prolongar a sua vida até aos 82 anos. :)
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