2008 em perspectiva

Meus amigos, o ano que se avizinha vai ser um ano lixado. Do pior. Se por um lado teremos, mais uma vez, uma merda de um Governo que nos força a apertar cada vez mais o cinto e a exigir cada vez mais sacrifícios, por outro, teremos um líder de uma oposição sem qualquer credibilidade. Isto é terrível! O povo está farto e cansado de ser adoçado com marisco e depois levar com tremoços. O pessoal quer encher o peito de ar e gritar com altos decibéis o que puder contra o Governo. Atacar forte e feio, como e quando puder. Nas manifestações. Nos fóruns das televisões e rádios. Nas cartas dos leitores nos diários. Nos blogues. Nas conversas de café. Em suma, o pessoal quer dar espaço à desilusão, à frustração que sente, sem ter de pensar se está ou não a comportar-se de forma responsável. Who cares, anyway? Se o pessoal fizer pressão, pode ser que o Governo caia e vai para lá outro. Qual é o problema? Parece ser a solução. Mas... o embaraço começa quando uma pessoa acaba de dizer isto e pensa por uns segundos naquilo que acabou de dizer. Ou seja, o dilema instala-se quando nos damos conta das alternativas que temos.

"- Porra, pá! Acorda!... ouviste? Já viste se os nossos desabafos provocam eleições antecipadas? Já viste a escolha que vais ter à tua frente? José Sócrates ou Luís Filipe Menezes...
- Que caralho! Para isso mais vale eu estar quieto."

Meus amigos, eis ao ponto a que isto chegou. Uma pessoa tem de comer e calar. O povo leva porrada a torto e a direito e tem de ser responsável.
2008... mas que merda de ano miserável.