domingo, novembro 18

Esqueletos no armário

Bem sei que não sou a encarnação da Madre Teresa de Calcutá meus amigos, mas tentando ser o mais imparcial possível (se é que é possível) acho que sou um ser humano decente.
Tive as minhas falhas. Tenho os meus defeitos. Nunca matei, nem nunca desejei a morte a alguém. Nunca roubei... quer dizer... os trocos da carteira do pai e da mãe não contam pois não?
Mas... alturas houve em que fui egoísta. E confesso que já fui mesquinha. E para minha vergonha, já fui má amiga. Pior... já fui má e tratei com desdém alguém que gostava de mim. Alguém que gostava mesmo de mim...
Já disse coisas horrorosas, só com o intuito de magoar. Se o arrependimento matasse........
Já fui orgulhosa sem razão. Já fui capaz de manter uma coisa porque acreditava ser melhor do que não ter coisa nenhuma, ainda que não soubesse ao certo o que realmente queria.
Já lancei olhares frios e preconceituosos a quem era diferente de mim. E já fui inflexível com quem tinha opiniões diferentes das minhas. E também já menti. E não me refiro às mentiras de ocasião, às mentiras caridosas porque essas são recorrentes. Não! Já menti de forma séria. Pelo menos duas vezes. Feias.
Naturalmente que aprendi com os erros. Cabeçada após cabeçada, disparate após disparate, e dadas as consequências de algumas atitudes pouco meritórias fui adquirindo consciência das minhas falhas e acredito que hoje sou melhor. Também acredito que amanhã serei ainda melhor. Porém, estou numa fase em que duvido seriamente da veracidade da famosa expressão “what goes around, comes around”. Olho em meu redor e sabem que mais... há por aí muita gente sem escrúpulos a safar-se muito bem.
Será que levar uma vida honesta e decente tem os seus créditos?

14 criaturas afundaram esta pérola:

Rui Rebelo Gamboa disse...

Enfim, és humana.

À questão colocada no fim do post, a minha resposta é que os créditos ficam para nós próprios. No fundo, a única certeza que temos é que é connosco que iremos dormir até ao fim da vida ;)

Anónimo disse...

Se lhe faz sentir melhor, saiba que todos temos um passado com falhas. Afinal, aprendemos com erros, certo? Mas louvo a sinceridade deste post.

Lilith disse...

Quem nunca fez ou foi tudo isso que dizes que atire a primeira pedra.
Temos de dormir toda a vida coonosco próprios e é bom podermos ver-nos ao espelho e identificarmo-nos com o nosso reflexo.

Anónimo disse...

Este é um texto que poderia ser assinado pela maioria dos seres humanos.........não o subscreveriam, Bush, Mao tse-tung, Saddam, e muitos outros.

Eu sou dos que acredito num ditado que diz; "cada perú tem o seu Natal."

Logo, quem não ser ser perú na ceia de Natal, então o melhor é subscrever este post, e seguir melhorando :)

marisa disse...

Infelizmente a vida não é uma novela, onde os maus são sempre castigados no final e os bonzinhos recompensados. Na vida real, há muito maus a "safar-se bem" realmente, sem castigos.
Nem tão pouco, existem bonzinhos tão perfeitos e caridosos como os retratam...em nós coexite o bom e o mau, o santo e o pecador, num incessante jogo de consciência (para quem a tem)!

Anónimo disse...

Infelizmente (ou felizmente, quem sabe) tb cometi muitos erros. E não sou daquelas pessoas que dizem "se voltasse atrás faria tudo da mesma maneira". Eu faria tudo de maneira diferente! Amaria mais, faria mais feliz aqueles que me amam, sorriria mais, seria mais EU. Afinal o que significa safar-se bem? Se caminhamos todos para o mesmo fim, o que vale mais do que sermos NÓS e nos sentirmos bem por isso! Bjs Susana

Diego. disse...

todos cometemos erros, somos intimamente egoístas e não lidamos bem com uma porção de coisas, mas detectar o problema em nós é um grande passo, o mais importante é não deixar de ser verdadeiro com você mesmo(a).

=)

Diego. disse...

tem um presente para ti lá no meu blog =)

amsf disse...

Os mais ingénuos (?), felismente, ainda acreditam que há um Deus que guia o destino dos bons e dos maus. Encontram uma ligação entre o ser "bom" e ser "bem sucedido" e o inverso. Este raciocínio não é mais do que um mito tentador, uma armadilha mental!

Blueminerva disse...

Senti as palmadinhas nas costas.
Um grande bem-haja a todos vós.
Um abraço.

maria elisa disse...

Este post parece não ter nada a ver contigo. Completamente diferente.

:)

Blueminerva disse...

Eu sei Elisa... foi uma descarga passageira.
Um abraço

Dharma disse...

Blueminerva...
São nas passagens que descobrimos os melhores caminhos.
Um Beijo!

Blueminerva disse...

Pois é Dharma... mas às vezes tenho a sensação de ainda estar à procura do melhor caminho...
Um abraço