segunda-feira, fevereiro 12

SIM

Portugal (nos votos expressos) deu uma lição de auto-determinação sexual às hostes conservadoras e milionárias. Finalmente as mulheres que vivem em Portugal podem começar a ter condições para decidir de forma responsável a sua vida sexual e reprodutiva, uma vez que só é possível exigir-se responsabilidade a quem é livre.
Não posso dizer que sinto um grande orgulho no resultado do referendo, porque acho que era o mínimo a que as mulheres que vivem em Portugal têm direito. Trata-se da correcção de uma situação de injustiça e aqui sim, congratulo-me com a correcção de uma injustiça.

Hipocrisia!!!
Há oito anos a abstenção foi ainda maior, não era vinculativo, mas os defensores do NÃO, vieram com a lenga-lenga da legitimidade política. Agora, como ganhou o sim, já dizem que os resultados não contam. Pois bem, que não contem. A nova lei será aprovada na mesma, porque a Assembleia tem uma claríssima maioria de esquerda! E não é um mero capricho do Partido Socialista como se quer fazer crer. É preciso não esquecer que no Congresso do PS o seu secretário-geral e actual PM disse que seguiria o voto maioritário INDEPENDENTEMENTE da sua expressão e que politicamente se vinculava a esse voto.

Para finalizar, dizer que acredito que Portugal é já hoje um país melhor do que era ontem. Parabéns a nós!


AH!!!...e a todos* os abstencionistas, o meu profundo desprezo e um só recado:
VÃO TODOS COMER MERDA COM UMA COLHER DE PAU!!! - bem ao estilo da minha avó Ivone.
Sois todos dignos de serem governados por um Idi Amim Dada!

* salvo os que, por razões de força maior (doença, razões de ordem geográfica etc...) não puderam cumprir com o seu dever cívico.

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