segunda-feira, dezembro 11

A feira no Parque Almirante Reis

Lembro-me que, durante anos, por esta altura o Parque Almirante Reis recebia a habitual feira de Natal. Havia de tudo um pouco; as barracas que rifavam mil e um artigos, as barracas de tiro ao alvo, os carrinhos de choque, os matraquilhos, vários carrosséis para os meninos e para graúdos entre outras atracções próprias de uma feira de diversões. O pessoal divertia-se com a família/amigos, comia um algodão-doce ou umas pipocas e passava um dia na galhofa.
Já não temos a feira no Parque da Zona-Velha. De há 5 anos prá cá, temos um jardim e o edifício do teleférico.
Tenho saudades da feira, do frenesim, dos cheiros e até do barulho. Mas há algo que eu nunca vou sentir saudades, o Circo. Acho, que nunca mais vou esquecer os minúsculos contentores/jaulas que albergavam os animais. Um verdadeiro horror. Leões mais mansos que gatos, ursos que mais pareciam peluches gigantes, tal era a quietude, e até camelos que permaneciam deitados ou curvados por lhes ser impossível erguer o pescoço...triste, muito triste. Não querendo menosprezar a actividade circense, até porque eu adoro os equilibristas, trapezistas, malabaristas, contorcionistas e afins, parece-me por demais evidente, que, tanto no espectáculo como nos bastidores, os animais não são respeitados, não são acarinhados e são mal tratados!
Termino este post com uma citação de John Wilmot «Serei um cão, um macaco ou um urso, tudo menos aquele animal vaidoso, que se vangloria tanto de ser racional».

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